09 janeiro 2015
08 janeiro 2015
Contagem
São pelos meus vinte segundos desfazendo o sorriso
ou pelos mais de vinte anos de sonhos cansado de trocar as personagens
São pelos vinte séculos de labilidade emocional
ou pelos vinte minutos para organizar minhas coisas e sair
São vinte desejos disfarçados de beijos
E o mesmo tanto de maldade travestida de travessuras.
São apenas vinte de você para um milhão de eus
São vinte oceanos de amor
E apenas vinte escaninhos para tudo acomodar
Foram vinte noites de amor, amor, sexo e mais amor
E foram apenas vinte palavras desencontradas
Um frase dita em vinte segundos: sem sujeito real ou objeto genuíno
São vinte desejos disfarçados de beijos
E o mesmo tanto de maldade travestida de travessuras.
Foram vinte e tantos mais beijos
Até que vinte eles eram verdadeiros para mim e para você?
São as vinte qualidades e defeitos que esperei
Foram os vinte minutos mais longos, pois estava no meio do nada.
São vinte desejos disfarçados de beijos
E o mesmo tanto de maldade travestida de travessuras.
Mas não lamento não ter vinte e poucos sonhos.
ou pelos mais de vinte anos de sonhos cansado de trocar as personagens
São pelos vinte séculos de labilidade emocional
ou pelos vinte minutos para organizar minhas coisas e sair
São vinte desejos disfarçados de beijos
E o mesmo tanto de maldade travestida de travessuras.
São apenas vinte de você para um milhão de eus
São vinte oceanos de amor
E apenas vinte escaninhos para tudo acomodar
Foram vinte noites de amor, amor, sexo e mais amor
E foram apenas vinte palavras desencontradas
Um frase dita em vinte segundos: sem sujeito real ou objeto genuíno
São vinte desejos disfarçados de beijos
E o mesmo tanto de maldade travestida de travessuras.
Foram vinte e tantos mais beijos
Até que vinte eles eram verdadeiros para mim e para você?
São as vinte qualidades e defeitos que esperei
Foram os vinte minutos mais longos, pois estava no meio do nada.
São vinte desejos disfarçados de beijos
E o mesmo tanto de maldade travestida de travessuras.
Mas não lamento não ter vinte e poucos sonhos.
19 dezembro 2014
Saúde!
Quando falta saúde
Quando a alma padece
Sobra falta de amor
Dispara o termômetro da ansiedade
E da dor...
Falta Estado,
Falta posto,
Falta médico, técnico, psicólogo
Sobre escárnio, desculpas e angústias
Quando falta saúde
Quando o corpo está alquebrado
E o comprimidos são mais comuns que os alimentos
O amor se fragiliza
E é testado no seu estado bruto.
Quando falta saúde
Nesse mundo-cão de correria
De rapidez de produção
(Afinal ainda são tempos modernos)
Sobra desconfiança
E desrespeito às letras da lei.
Quando falta saúde
Desfaz-se a condição humana
Sobra um corpo violentado e sem vitalidade,
16.12.14
25 novembro 2014
Cores
Fui invadido por uma saudade
Não era de gente
Tampouco era de um lugar
ou uma situação específica ...
Era saudade de algo colorido!
Uma sensação de arco-íris
Um segundo de Renoir
Um instante de Gaudí
Um vida numa aquarela de vívidas cores!
Saudade de poemas coloridos...
Um coisa como o gradil do Bonfim cheio de cores agitadas pelo vento...
Ou livro de criança pequena e pequena.
Uma paleta caledoscópica... sem ácido.
Por um instante eu tive a certeza,
daí a saudade - penso,
Que meu corpo, ou meu espírito, fora, ou é,
todo de todas as cores ao mesmo tempo...
Tudo isso entre o café com leite e uma torrada sem geléia - em sépia.
13 novembro 2014
Almas
Permita sempre que sua alma voe
Começando pelo seu quarto
Até que ganhe distâncias maiores
Deixe que voe e aproveite a vista
Nesses passeios reconhecemos as coisas
Podemos vê-las de cima pra baixo e de trás pra frente
Voe, divirta-se ou se entristeça
Mas deixe sempre sua alma te guiar
Em cada saída uma coisa para mudar
Ou, então, algo para não se desfazer tão prontamente
Só a alma pode olhar o que está por trás de uma fotografia
Enquanto estamos diante dela.
Voe com sua alma sempre
Mas isso só vale em tempos de calma
Pois uma alma em cólera
Voa às cegas e te despe de qualquer humanidade.
Retira-lhe a sobriedade revirando seus olhos.
Mas voe sempre com sua alma
Quando nada, será um mergulho
Profundo o suficiente - sem traumas físicos.
Não existe alma rasa.
09 novembro 2014
Tarja preta
Quero dizer que parei
com os tarjas pretas
com os sorrisos amarelos
com a camisa aberta até o peito
Quero avisar que não dá mais
para dividir intimidade
para morrer de ansiedade
para assistir aos filmes mal acompanhada
Quero dizer que parei
de comer qualquer coisa
de comer qualquer um
de comer sem forme, mesmo com muita gula
Quero avisar que não dá mais
pra ir para a academia pensando no outro
pra ter fé sem me conhecer primeiro
pra amar sem ter uma música e alguns segredos
Quero dizer que parei
de me obrigar às suas obrigações
E que já não dá mais
para sorrir e chorar pelas suas contradições
Quero dizer que parei com os tarjas pretas.
28 outubro 2014
Alógico
nada me ocorre
nada em meu
peito corre
bate,
mas não doe
bate, mas
não se mexe
até circula,
mas é estático
um
alucinação
e nada me
ocorre.
falo e só o
silêncio escorre
deve ser
porque falo com os olhos
olhos de
penetrar
boca de
fazer chorar
ouvidos que
permitem beijar
outra alucinação
e nada me
ocorre.
uma escrita
cansada
de remédios
obnubilada
sem gosto e
com tantas paradas
paradas de
outro tempo, alógico
psicose em
franca ação
e nada me
ocorre.
talvez deva
voltar daqui
mas a vida a
cama estão muito quentes...
tenho coração
de poeta e mãos de jogador
ou seria
as mãos de
um poeta e um coração que há muito parou
nada me
ocorre neste instante.
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