23 setembro 2019

Divino em água

A água que corre na fonte fraquinha
É a mesma do longínquo horizonte
Lá onde me perco em devaneios
E somem os vincos da testa

A águas que banham as areias da costa
São as mesmas que me convocam
Para a bênção seminal do infinito
Para reforçar o que está escrito

As águas que dividem margens
E que não se perdem em pedras
São as mesmas que me afogam
Para ressurgir em espírito e corpos novos

A água preparada que me banha
Também me sacia a sede
Abre a conexão com meus deuses
Faz-me menino, homem e divino

Meu corpo é água
Tratada em mata e ouro
E hábil em refletir luar e prata
Enquanto define caminhos.
Décio Plácido, 05/09/19

Mais do Mesmo Alívio!!!