O
que eu sei é que esta dimensão chamada vida é algo onde não se fica, ou se sai,
inelutavelmente; claro que existem epifanias ao acaso para que cada célula do nosso
corpo, que nasce e morre enquanto estamos vivendo não padeça de tédio e leve
consigo todas as demais, alienadas da condição de fragilidade, depressão, finitude, psicose e carência. A vida, inexoravelmente, tem o tempo e o tamanho que damos a ela,
com os mimos e os espinhos que construímos, principalmente para nós mesmos, no
decorrer do Tempo. Incluir aí fé, amor, ódio, desespero, pequenos e grandes
vícios (deliciosos ou não), arrogância e humildade: uma série chata de sentimentos
antagônicos... Deixa este arranhão aí: - vai curar sozinho... E aquele olhar
fulminante, que despiu até a pele... Quem sabe amanhã? E não se quer que a vida
seja uma arena de gladiadores (esqueça Russell Crowe e Joaquin Phoenix)... Mas, ainda assim temos as happy-hours -que só tem dois objetivos "piriguetetar" ou falar muito mal do sexo oposto; mas o seu
contraponto também existe: como o Facebook está de doer, restará a TV por assinatura e o sorvete de creme e chocolate - não há condição psicológica nem para reler o Pequeno Príncipe. Só que o
arranhão não vai curar sozinho, sem deixar cicatriz, mesmo com terapia. E o
olhar que arrancou até a pele, pode não voltar, o ego não suportar e pra
terapia entrar. Eu disse que essa vida era inelutável.
Marisa e Renato Russo - Celeste
(Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=qQbUBjourCE 26/08/14, 01:22h)
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