Hoje acordei pensando:
Quem pensa é a alma ou o espírito?
Haja vida!
E não me venha com essa:
- E o lastro fisiológico:
Sinapses neurônio neurotransmissores?
Esses do raciocínio são senhores!
E o pensamento, o raio de luz que sai dos olhos,
a ideia que faz marejar todo o corpo, a "eureka"?
Haja arte!
E se também tem alguém que a gente não vê -
Não vê mas ouve direitinho o que tem a dizer?
Iluminados que fazem a gente saber o que tem na cabeça
Pra acabar pensando o que já era
pra saber ou já sabia?
Haja luz!
Quem pensa é a alma, a mente ou o espírito?
Arre! São quantos dentro da gente?
30 abril 2013
19 abril 2013
Pano Branco
Que não seja um pano qualquer
Nem qualquer costura.
Que não seja de qualquer fazenda
Nem qualquer feitura.
Que não seja de ordinária cassa
Nem qualquer encomenda.
Que não seja mistura
Nem qualquer emenda.
Mas que traga consigo a divindade
A elevação, a pureza, a sutileza
Do tecido branco consagrado.
Que venha das mãos da Yá ou do Babá
Que traga Asè,
Que seja o Alá do Osala...
E que no dia de hoje,
como lembrou a Yaroba,
Nesta Sexta sagrada,
Este Alá de Osala me cubra
A todos que me querem bem
E a todos os nossos Orisas!
Àse!
Nem qualquer costura.
Que não seja de qualquer fazenda
Nem qualquer feitura.
Que não seja de ordinária cassa
Nem qualquer encomenda.
Que não seja mistura
Nem qualquer emenda.
Mas que traga consigo a divindade
A elevação, a pureza, a sutileza
Do tecido branco consagrado.
Que venha das mãos da Yá ou do Babá
Que traga Asè,
Que seja o Alá do Osala...
E que no dia de hoje,
como lembrou a Yaroba,
Nesta Sexta sagrada,
Este Alá de Osala me cubra
A todos que me querem bem
E a todos os nossos Orisas!
Àse!
04 abril 2013
sortilégio
E, como num sortilégio incompreensível, tudo calou.
Nem mais uma voz,
nem mais uma lembrança,
nem recuperação
nem cuidado
nem dança.
Só os nervos falam
num dialeto embriagado de desconforto
de cansaço.
Só os nervos sussurram
quebrantos de neurotransmissores.
Só os nervos rabiscam
sinapses caóticas...
Qualquer morfina
não passa de oásis,
desilusão fotográfica.
E quando a dor grita
o silêncio da alma precipita...
E tudo cala.
Nem mais uma voz,
nem mais uma lembrança,
nem recuperação
nem cuidado
nem dança.
Só os nervos falam
num dialeto embriagado de desconforto
de cansaço.
Só os nervos sussurram
quebrantos de neurotransmissores.
Só os nervos rabiscam
sinapses caóticas...
Qualquer morfina
não passa de oásis,
desilusão fotográfica.
E quando a dor grita
o silêncio da alma precipita...
E tudo cala.
17 março 2013
luvas
Me mande um par de luvas
- De aço cortiça couro ar,
Para acertar minha coluna
Tomar banho de tardezinha
Plantar minha goiabeira antiga
Ajeitar a barba no anoitecer...
E, ao ingerir o analgésico de esperanças caducas,
Embalar a fábrica de desejos...
Me mande as minhas luvas
- De ontem amanhã do meio de quando,
Para comer diferente novo
Escrever novamente outro
Sem tanta rima de gramática protética.
Para doar notas
E reatar sonho-de-nós-sonhos.
Escute, deixe que eu me visto...
Calço estas luvas
Que permitem sentir mãos
Quando o peito só tem garras...
Com luvas eu não vejo.
- De aço cortiça couro ar,
Para acertar minha coluna
Tomar banho de tardezinha
Plantar minha goiabeira antiga
Ajeitar a barba no anoitecer...
E, ao ingerir o analgésico de esperanças caducas,
Embalar a fábrica de desejos...
Me mande as minhas luvas
- De ontem amanhã do meio de quando,
Para comer diferente novo
Escrever novamente outro
Sem tanta rima de gramática protética.
Para doar notas
E reatar sonho-de-nós-sonhos.
Escute, deixe que eu me visto...
Calço estas luvas
Que permitem sentir mãos
Quando o peito só tem garras...
Com luvas eu não vejo.
06 março 2013
Suspiro
Há algo dentro de mim,
Que nasce num lugar qualquer
E vive noutro que desconheço,
Que sobrevive sem começo,
Sem apetrechos
(Dentro, dentro de mim),
Sem carecer de outros corpos.
Mas urge por almas
Daquelas bem apaixonadas
Como o vestido formoso quando usado
Ou o canhão de circo na sua vez do aplauso.
Há algo dentro de mim...
Que nasce num lugar qualquer
E vive noutro que desconheço,
Que sobrevive sem começo,
Sem apetrechos
(Dentro, dentro de mim),
Sem carecer de outros corpos.
Mas urge por almas
Daquelas bem apaixonadas
Como o vestido formoso quando usado
Ou o canhão de circo na sua vez do aplauso.
Há algo dentro de mim...
28 fevereiro 2013
VODKA
Tem coisas que começam num, ou em tantos, mundo e terminam em outros.
Deve haver clareza no "Eu sei!"
Deve haver um novo mundo em português.
Que começa no zodíaco
Que começa no vaso escondido
Que começará onde triunfei
Que terminará onde tu não serás rei.
Em meu domínio há um gringo;
em tuas mãos "para o moinho"
Nas outras : "para a enganação!".
Tem coisas que começam
Em algum outro mundo e terminam por aqui....
Tantas vidas se espalham (entre espadas e escudos)
Quando o verdadeiro amor se dispuser.
Quando o meu bem olhar no infinito, estarei no raio do luar.
Deve haver clareza no "Eu sei!"
Deve haver um novo mundo em português.
Que começa no zodíaco
Que começa no vaso escondido
Que começará onde triunfei
Que terminará onde tu não serás rei.
Em meu domínio há um gringo;
em tuas mãos "para o moinho"
Nas outras : "para a enganação!".
Tem coisas que começam
Em algum outro mundo e terminam por aqui....
Tantas vidas se espalham (entre espadas e escudos)
Quando o verdadeiro amor se dispuser.
Quando o meu bem olhar no infinito, estarei no raio do luar.
19 fevereiro 2013
Ladainamente
Emudecionado.
Mudo
De modas.
De licores,
Bem trabalhado.
Enriquecido.
Agraciado.
Paraliousado...
Experimentado em rodas.
Talhado.
Criativado...
Coisas e tantas outras.
Medo altivo, ébrio, banido.
Fé parcimoniosa, instruída, exitosa.
Ah, emudecionado.
Mudo
De modas.
De licores,
Bem trabalhado.
Enriquecido.
Agraciado.
Paraliousado...
Experimentado em rodas.
Talhado.
Criativado...
Coisas e tantas outras.
Medo altivo, ébrio, banido.
Fé parcimoniosa, instruída, exitosa.
Ah, emudecionado.
13 fevereiro 2013
Cativo
Quando deixar de cultivar escrúpulos
De ser submisso ao bom senso...
Amiguinho da cortesia
Libertarei meus escravos dos termos de grupos
Quando matar o que for orto-mente correto
Tirá-lo de minha fluidez
Que atua (sem subterfúgios) em minha mente
Retórica de shadow e prosódia de reto...
A ignorância reside sob a repetição
Faz seu ninho de gravetos
E limalhas de ferro enferrujado
Sob o sol de um novo dizer sem ambição
Tanto tempo sem pegar na pena
É meu castigo e aceito sem tanta ira...
Enquanto mantiver minha poesia cativa
Minha alma aparecerá sem escrita.
Cultivar . Cativar . Deixar cativo.
De ser submisso ao bom senso...
Amiguinho da cortesia
Libertarei meus escravos dos termos de grupos
Quando matar o que for orto-mente correto
Tirá-lo de minha fluidez
Que atua (sem subterfúgios) em minha mente
Retórica de shadow e prosódia de reto...
A ignorância reside sob a repetição
Faz seu ninho de gravetos
E limalhas de ferro enferrujado
Sob o sol de um novo dizer sem ambição
Tanto tempo sem pegar na pena
É meu castigo e aceito sem tanta ira...
Enquanto mantiver minha poesia cativa
Minha alma aparecerá sem escrita.
Cultivar . Cativar . Deixar cativo.
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