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09 setembro 2018

Quando a alma sai

Quando minha alma sai para passear
E me deixa com lambadas de solidão
Meu corpo reage cansado
Às imagens de um córtex privado de emoção
Laçado por neurotransmissores descompassados

Quando minha alma briga comigo
E me deixa com correntezas nos olhos
Meu sorriso foge
Para o fundo das entranhas, sem abrigo
Escondido da ausência de cor e dor

Quando minha alma está ferida
E vejo suas fraturas expostas
Meu corpo reage confuso
A dor que nao dói esfola e mata
A pele íntegra, perfumada e sem brilho

Quando minha alma nada diz
Por ferimento, intolerância ou deleite
Meu corpo reage à sua voz
Dizendo do seu amor e preocupação
Obturando minha lacuna com a suas flores.

Décio Plácido Neto (07/09/18)

30 abril 2013

tudo que vier à cabeça

Hoje acordei pensando:
Quem pensa é a alma ou o espírito?

Haja vida!
E não me venha com essa:
- E o lastro fisiológico:
Sinapses neurônio neurotransmissores?
Esses do raciocínio são senhores!

E o pensamento, o raio de luz que sai dos olhos, 
a ideia que faz marejar todo o corpo, a "eureka"?
Haja arte!
E se também tem alguém que a gente não vê - 
Não vê mas ouve direitinho o que tem a dizer?
Iluminados que fazem a gente saber o que tem na cabeça
Pra acabar pensando o que já era
pra saber ou já sabia? 

Haja luz!
Quem pensa é a alma, a mente ou o espírito?
Arre! São quantos dentro da gente?

04 abril 2013

sortilégio

E, como num sortilégio incompreensível, tudo calou.
Nem mais uma voz,
nem mais uma lembrança,
nem recuperação
nem cuidado
nem dança.
Só os nervos falam
num dialeto embriagado de desconforto
de cansaço.
Só os nervos sussurram
quebrantos de neurotransmissores.
Só os nervos rabiscam
sinapses caóticas...
Qualquer morfina
não passa de oásis,
desilusão fotográfica.
E quando a dor grita
o silêncio da alma precipita...
E tudo cala.

Mais do Mesmo Alívio!!!