Por favor, um chá de canela!
Sim, aquele!
Aquele que me lembra dela.
Lembra?
Sim, ela!
Aquela com flores na janela
E olhar de aquarela.
Sim, ela mesma!
Entre todas, a mais bela.
Sim, querido moço, é um chá de canela, com folhinhas de alecrim.
Pouquinhas!
Para eu me lembrar dos signos
E saber que Freud tem a ver com Lua em Peixes
Ah, moço, Freud e Peixes...
Sim, moço, é pra dizer poesia
Cantar alto
E matar a saudade da fantasia.
É pra ela ficar mais um pouco,
Um pouco mais em mim.
Vai demorar pra ficar pronto?
Você entende a urgência do meu canto?
Falo porque os olhos dela me deixaram mudo
De tão mudo, fiz enunciados de todas as dores e cores.
Moço, por favor, meu chá de canela!
Quente, tá?! Mas sem machucar.
Forte, mas sem deturpar.
Saboroso, mas sem enjoar.
Alucinógeno, sim, mas de delírios reais.
É assim que eu quero meu chá
É assim que penso nela
Entendeu porquê tem que ser de canela com alecrim?
Obrigado, moço, por trazer meu chá junto com ela!
Não bastaria ser apenas um chá de pau de canela!
Deco Plácido, 31.7.2015
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