29 março 2021

Não se cabe totalmente em fetiches. 

Não se é a fantasia que se veste.


Eu não aplaudo tirania, 

Tampouco sou unguento disponível. 

Sou do barro, da noite azeviche. 

Sou o avesso da vilania! 


Se o que resta é um pálido drama, 

Sou mesmo gente antes de poesia. 


Não sou dado à correria. 


De onde venho, não é bom alvitre 

Perder-se em si, achar no outro 

Todo momento, toda alegria. 


Não sou fonte ou reflexo de azia - 

Já disse que transbordo o estabelecido.

Invento estórias e estouros

Para integrar (plácido) a melodia. 


Já sou maior que o meu molde!

Colhi flores, senti o vento, juntei pedras e

Nas noites de pranto e disritmia 

Senti de tudo e bebi uns goles. 

Ultrapassei as barreiras do que foi guia! 

Décio Plácido, 27.03.2021 

(mas caberia em 1979 também)!

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