27 abril 2009

Fênix II


Eu caí
pensando ter o mundo
você e muito mais
Confundi o chapéu panamá
a jibóia e o elefante
e a esperta rosa
Fui como uma flor
que desconhecendo sua verdadeira natureza
fica ao sabor de descuidados olfatos errantes
Mas vou levantar
tendo-me aos meus desejos
medos e um pouco mais de tudo o que falta
Sim, não levantarei flâmulas
ou escudos ou estandartes
- um mestre-sala do mundo
dançando, caindo, coreografando e dançando... endless
Na verdade sou como aquela flor
que surge do fogo
mora no tempo
vive de água
e - padece, enlouquece, carece, merece, desfalece -
morre de amor e paixões.

23 abril 2009

23 de Abril....abriu-se a mata e Osossi surgiu!



Salve Jorge... Cavaleiro Intrépido e Vencedor.... Zela por mim e pelos meus, abrindo e iluminando os nossos caminhos! Axé.

14 abril 2009

j.á. f.i.z.!.

Cantarei
dançarei rezarei a cor de névoa
de sonhos e de uma causa
como a de uma camisa rosa e calças cor de pele

honrarei teu nome no desafio
prudente do teu corpo suor beijo e saliva

Escreverei poemas mudos
silentes e confidentes de minh'alma
de minha calça branca e camisa sem cor
- eles que olham para mim enquanto lhe desejo

fotografarei sua linda tristeza
no instante da saudade da quase-morte.

Serei teu!

12 abril 2009

v.o.c.ê.

Você sai
Isso é amor
Você fica
Isso é o meu amor

Você entra
Prazer
Você permanece
Faz-me enlouquecer

Você diz
Calo.
Você cala
Choro.

Você olha
Exibo cores
Você desvia
Quanta indiferença

Você vive
Respiro
Você sorri
Ardo!

Você.
Eu.
Você
Só meu.
Amor!

07 abril 2009

Orquídeas


não deixe de ver
o botão já abriu
e a flor (viva) caiu

sinta o que tem em mente
esta é somente você
num microcosmos sem lentes

viva mais que sinta
se for preciso, finja
se não, pareça mentir

mas não deixe de ver
que quem fingiu ser botão
não segura a flor nem na mente.

04 fevereiro 2009

amaromar

amar
desobrigação do escravo,
cura dos viciados,
morte dos incautos,
repelente nas noites quentes.
do verão, álibi
do inverno, cúmplice.
da morte, espelho e
da vida, coisa pouca!
- interrogação de nobres literatos (não por acaso)
amar,
no mar
o mar e
a maré
saudar
amar a mim
a você
a ninguém
só amar e
be loved in return
se houver luz
( e quem a desligue e ligue)
amar
sempre,
sem presente
ou vida prévia
com morte iminente
sempre lá
sempre ausente.
amar,
até o mar!,
que como eu,
voltar-se-á para dentro
nas entranhas
da terra
do corpo molhado
do copo quebrado
do gozo calado,
e, novamente,
tornar-se-á mar
maré
doce
e
quente!
como uma prainha que costumava frequentar!

11 outubro 2008


Parecia
Parecia que era dia
que o Sol queimava, que a pele ardia
que havia luz, que nada doía...
Parecia que me amava, 
que nós queríamos.
Só parecia.
Chega a noite, ainda que vazia
cheia de gemidos...
de tremores.
Ainda era pouco para o que parecia
já não sabia das mãos quentes
do encontro na cozinha
das coisas que ferviam...
do dia que novamente amanhecia...
Só parecia. 

15 agosto 2008

Buscadores

não posso colher teu beijo
nem sentir a brisa dos seus braços
quiça a loucura de tuas mechas louras
no sonho que alimento enquanto corro

quero vestir-me com teu cheiro
e provar da doçura que te adormece
ler apenas o que dizem seus dedos
no distraído dedidlhar do instrumento que me faço

não posso ter teus beijos
mas cantarei com dó maior
as fantasias que fiz, faço e sublimarei
enquanto não ouvir o som dos teus passos voltando

Para que encontros desalmados......

Mais do Mesmo Alívio!!!