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13 agosto 2013

No tempo em que os olhos seduziam

No tempo em que os olhos seduziam
Eles nao precisavam ter cor
Nao era necessário ter um jeito
E todo infortúnio interno fora desfeito.
No tempo em que os olhos seduziam
Havia mais pelos e mais pele
Mais trejeito, confusão - Gita e Memória
Violão de roda e rodas feito fumaça em calmaria
Quando os olhos seduziam
Eternizar era tão desesperador quanto mudar
Como dizer eu te amo
Para, n'outro olhar, deixar de amar - doce ventania
Quando os olhos seduziam
O corpo, salvo a língua, de nada valia
O falo estava no centro da testa
Como o terceiro que ninguém vê
No tempo em que os olhos seduziam
Poucos sabiam ler
Poucos se livravam do prazer - outrora maestria;
E eles já não sabiam ser ou ter - coisas de iludir
No tempo em que os olhos seduziam
Não se usavam palavras ou poemas
A linguagem era para se viver
E os sonhos de cama ou de rua para se refazer

21 julho 2009

Desprendimento


só aprendi a amar
nunca tentei defender
(nem tenho espírito bélico);
- é mais difícil dizer sob o luar?
caminhei na direção de me mostrar
jamais pensei em julgamentos
olhares que não fossem meus
segui em contradição com o Sol
aprendi a amar sem provar,
experimentar, degustar, saborear...
fiz-me de entrada.
- não preferi os bilhetes insinuantes
às dores e sabores que ficavam na boca...
nunca me defendi do meu amor
mesmo quando estive sob o fundo-falso do poço
nunca lutei contra, seguia o rio...
bloqueava, driblava, seduzia
amortecia a queda e, aos poucos, morri de amor.
só aprendi a amar
amar o que o outro queria
amar o que você defendia
amar tudo o que nada dizia.

- já não sei mais amar.

Mais do Mesmo Alívio!!!