10 maio 2023

eu escrevo poesias.

ela escreve a vida

em cartas e diários.
nas nuvens e nas folhas
nos pães recém saídos da fornalha…
ele escreve até obituários
de amores,
de ressentimentos,
de tantos sabores
e lamentos.

ela escreve
os mais belos 
poemas e baladas, 
como quem brinca 
com o sentir e o chorar,
o lembrar e o sorrir.
um sorrir chorando.
um lembrar sentindo
as rimas feitas em par.
agora, eu solitário e ímpar. 

eu escrevo eu.
ela, era nós
os nós que demos
em laços desvirados,
desvairados,
doidivanas…
dois devaneios 
em voos solos.
perto do solo,
longe(s) da solidão.

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