Quando o teto é o horizonte
E já faz tempo que seus olhos se abriram
Parece que seus desejos diminuem
E que a fantasia é imensidão.
Vejo a moldura inferior dos quadros
E o dardo atirado não se fixa
Estou deitado e ajoelhado...
Para os Òrìsàs baixando minha crista
Quando o teto é insidioso
E sua alma já deu lugar à calma
Memórias me drogam, corrompem o status,
E somente o som do vinil me salva.
Quando o teto deixa de ser tudo, vira espelho.
Vejo-me mais nas teias de aranhas
Uma armadilha, a velhice e total letalidade
Vivo mosquito, vivo quem abocanha.
Quando o teto passar a ser tudo, vira espelho.
Vejo-me na luminária, no entalle de gesso quase clásico
Vejo delicadeza, estética e adaptação
Diminuo os analgésicos para tentar ser prático.
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