Voe, águia
Já me mostrara como caçar
e como defender meus limites
Sem sofrer quando o vento me maltratar
Volte. Volte ao seu refúgio
Feche teus instintos para mim
Que minha pele carmim
Não entrará mais em apuros
Voe, águia negra
Precisas trocar as garras e o bico
É penoso, crudelíssimo e estruturante
Ficarei com a certeza do último mirar e da sobrevivência
Voe e volte a caçar
Meu êxtase não está em não ser mais sua presa,
Mas em saber do teu mergulho perfeito
Vez que ainda sinto na espinha o seu arrematar.
Voe águia
Tive amor em tuas garras
Tive dor em tuas garras
Tive proteção em tuas asas
Tive medo da morte no teu olhar
Voe águia negra.
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