16 agosto 2015

Viva ao rei!

Quando se deitam, final, os mortos
Os rotos objetos caem da minha altura 
Cessam reminiscências e projéteis 
Na espiral que me mantinha torto 

Quando se deitam, final, os mortos 
Uma clareira se abre na perspectiva 
O primeiro se identifica com os demais 
E a turba de iguais me arranca do conforto

Quando se deitam, final, os mortos
Os cordéis do títere são expostos   
E é possível ver atrás do espelho
Desejo minha vontade sem esforço 

Quando se deitam, final, os mortos 
Estes vívidos brilhos de outrora 
Não mais se manifestarão sem outorga
No auto de resiliência que transcorro

Quando se deitam, final, os mortos 
A culpa some e tudo é novo 
Um frescor nas veias [tudo é novo]
Os olhos se abrem... do mar ao porto. 

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