Quando se deitam, final, os mortos
Os rotos objetos caem da minha altura
Cessam reminiscências e projéteis
Na espiral que me mantinha torto
Quando se deitam, final, os mortos
Uma clareira se abre na perspectiva
O primeiro se identifica com os demais
E a turba de iguais me arranca do conforto
Quando se deitam, final, os mortos
Os cordéis do títere são expostos
E é possível ver atrás do espelho
Desejo minha vontade sem esforço
Quando se deitam, final, os mortos
Estes vívidos brilhos de outrora
Não mais se manifestarão sem outorga
No auto de resiliência que transcorro
Quando se deitam, final, os mortos
A culpa some e tudo é novo
Um frescor nas veias [tudo é novo]
Os olhos se abrem... do mar ao porto.
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