A busca por mais tempo
À procura de mais encontros
É o tempo da pedra
Da folha e da poeira do chão
Do momento deificado
E da brecha no instante.
É o sorriso quando escapa dos lábios
Extrapola o movimento
Arregaça a inércia da mente
E transforma a miopia dos ouvidos
Num diálogo de olhos embebidos -
à meia luz.
A busca por mais tempo
E de outras tantas novas fotografias
É o tempo da luz
Das horas e das flores da calçada
Do barco apontado para o poente
Em dias de poucas nuvens
E vermelho leve no cansar do dia.
É a procura por sentido
Numa inconsciência de borboletas
Que produz beleza
Que surge doída
Que voa bendita
Que morre em seguida.
A busca por mais tempo
É o amor pulsando vivo
No lapso do olhar
Na incompreensão das velhas letras.
Um comentário:
É a procura por sentido
Numa inconsciência de borboletas
Que produz beleza
Que surge doída
Que voa bendita
Que morre em seguida.
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