Um altar cheio de fé
Na cama sonhos e faltas refletida no espelho
Um calendário convidativo
E uma xícara entristecida de café...
Na porta eu penduro experiências e suor
Na parede tem quadro e guitarra
Ainda tem um tapete para depois do dia
E uma caixa de magias para o bem dormir
Um criado-mudo ninador
E fotografias que giram pelo ar
Tem até um computador e um armário
Uma janela de emergência
E um pouco de memória e álcool para embriagar [a alma]
Os travesseiros são entes vivos que
Dialogam, debatem e não me trazem paz de graça
Mas trago em alto posto uma carranca
Que espanta as ameaças e as traças de espíritos em desgraça.
Tem um cadinho misticismo, judaísmo, budismo, freudismo e junguianismo
Outro tanto de candomblé, wicca, Pessoa, Joyce, Nietzsche
Mas tem algo que nunca falta
A sensação de vereda aberta esperando a caminhada.
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