31 maio 2015

Não-dito

Onde descansam as frases não ditas e 
Silenciadas por um olhar ou por um abraço descuidado?
Chegam mesmo ao destino, 
Preservam-se imaculadas em seus caminhos? 

Dúvida, lágrimas... [e sorrisos]

Trata-se menos de ler mentes excitadas
Que de se ter os códigos silenciosos das humanidades 
E um discreto, não simplório, repertório de alteridades. 

Dúvida, inconstâncias ... 

Onde descansam as frase não ditas
Para onde vão quando não acham a saída? 
Chacoalham num flíper mental 
Até que a ficha ou a energia se defina? 

Dúvida, desapontamento ... [e magia]

Trata-se menos de senhas corporais
Que estar familiarizado com desatinos 
E um universo de esconde-esconde pequenino.  

Ó, certeza... aconchegue-se mas não demore a partir! 

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