17 julho 2011

V.e.n.t.a.,. .v.e.n.t.o.

Venta, vento venta.
E sinto um deprimente vazio! 
Como se não fosse obstáculo para o vento gélido e seco que me atropela. 
Rasga sem tocar. 
Esquece de pedir - invade, dilacera e segue. 
Como se entre eu o vento não houvesse mais cordialidade.
Ele não traz mais nada.
Eu não peço coisa alguma. 
Por que gritar se me sinto destituído de tudo. 
Quieto, apenas quieto. 
Sem forças para oferecer resistência. 
Sem qualquer condição de ouvir seu assobio. 
Assombroso ruído toma pé. 
Saio de mim 
e penso: 
Não sou pedra pois sou brisa!
E é apenas como se. 
Ainda se fosse algo oco e sem substância, deveria merecer algum crédito metafísico. 
Ainda estou aqui pensando. 
Pensando em como é ter as pálpebras fechadas.
Por que não deixo o vento me fazer flutuar ao invés de ficar sob ele. 
Seco a boca que pensa e dorme demais.
Mesmo que no vazio. 
Já disse:
é co-mo se!
Não é real. 
Não sou lágrima pois sou suspiro.

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