Quando deixar de cultivar escrúpulos
De ser submisso ao bom senso...
Amiguinho da cortesia
Libertarei meus escravos dos termos de grupos
Quando matar o que for orto-mente correto
Tirá-lo de minha fluidez
Que atua (sem subterfúgios) em minha mente
Retórica de shadow e prosódia de reto...
A ignorância reside sob a repetição
Faz seu ninho de gravetos
E limalhas de ferro enferrujado
Sob o sol de um novo dizer sem ambição
Tanto tempo sem pegar na pena
É meu castigo e aceito sem tanta ira...
Enquanto mantiver minha poesia cativa
Minha alma aparecerá sem escrita.
Cultivar . Cativar . Deixar cativo.
13 fevereiro 2013
09 dezembro 2012
e.s.s.e. c.o.n.s.t.r.u.t.o.
Amor. Ah, esse construto com ares de ente soberano.
Desconhece dias da semana, notas musicais, odores, gastronomia, economia, teorias psicológicas, lendas grecorromanas ou mitologia yorubana - desconhece de cátedra!
Amor. Age solitariamente! Existem desses 'seres construtos' tantos quantos deles se ocuparem os cérebros-corações humanos. Se assim é, é falacioso o amor sentido por todos, pois cada um dos quase sete bilhões de peitos pulsantes têm o seu particular amor. Meu amor é assim, o seu é assado, o dela é sem açúcar por conta da dieta. [Alguns não tem nenhum? Não tenho como afirmar!]
É o amor que nos aproxima e faz com que vivamos juntos por quarenta anos ou que não consigamos passar dos trinta segundos após o sexo - primeira ou enésima? Até mais e sejamos felizes, ou, até amanhã e seremos felizes? Seremos felizes por que algum ser vai embora ou ficará? Podemos? Devemos? O que isso tem a ver com amor? Só se for com o amor, esse construto, por nós mesmos. Uma preocupação em podermos ser o mais próximos de nós mesmos.
Segundo uma amiga, e grande parte dos psicanalistas, a junção se dá pelas necessidades de um, respondidas pelas sobras do outro. Isso não é sem esforço. Essas coisas não são dadas na mesa. Para isso, faz-se necessário treino e investimento. Meu sintoma, minha formação de compromisso, minha mediação com a vida dada como objetiva, encontra eco nesse outro ser que pretendo arriscar uma história? Sim - ótimo encontrei um meio de cultura pro amor . Não - não adianta todo "amor" e toda possibilidade de enfermidade. Talvez por isso tenha tantas metades de laranjas por aí!
Desconhece dias da semana, notas musicais, odores, gastronomia, economia, teorias psicológicas, lendas grecorromanas ou mitologia yorubana - desconhece de cátedra!
Amor. Age solitariamente! Existem desses 'seres construtos' tantos quantos deles se ocuparem os cérebros-corações humanos. Se assim é, é falacioso o amor sentido por todos, pois cada um dos quase sete bilhões de peitos pulsantes têm o seu particular amor. Meu amor é assim, o seu é assado, o dela é sem açúcar por conta da dieta. [Alguns não tem nenhum? Não tenho como afirmar!]
É o amor que nos aproxima e faz com que vivamos juntos por quarenta anos ou que não consigamos passar dos trinta segundos após o sexo - primeira ou enésima? Até mais e sejamos felizes, ou, até amanhã e seremos felizes? Seremos felizes por que algum ser vai embora ou ficará? Podemos? Devemos? O que isso tem a ver com amor? Só se for com o amor, esse construto, por nós mesmos. Uma preocupação em podermos ser o mais próximos de nós mesmos.
Segundo uma amiga, e grande parte dos psicanalistas, a junção se dá pelas necessidades de um, respondidas pelas sobras do outro. Isso não é sem esforço. Essas coisas não são dadas na mesa. Para isso, faz-se necessário treino e investimento. Meu sintoma, minha formação de compromisso, minha mediação com a vida dada como objetiva, encontra eco nesse outro ser que pretendo arriscar uma história? Sim - ótimo encontrei um meio de cultura pro amor . Não - não adianta todo "amor" e toda possibilidade de enfermidade. Talvez por isso tenha tantas metades de laranjas por aí!
14 novembro 2012
v.a.r.i.a.ç.õ.e.s.
corpo como tela
palavras agulhadas de aquarela
minha vida de memória
minha cara no cinema
a biografia jorrando pela janela
[do invólucro]
corpo fechado e riscado
de todo, de todo não do agrado
variando entre igual e diferente
só é expresso o que é forjado na mente
sendo o compromisso permanente
[o mais que sagrado]
já disse e bato minha cabeça
não desapareço na goela
não são desenhos, mas desejos e símbolos
que adornam o templo de Òrìṣá -
que adornam meu corpo, minha tela
09 novembro 2012
08 novembro 2012
b.e.n.ç.ã.o.
Ago
[Para Iêda Maria Fonseca Santos]
Obrigado Olorun
pela força que acalma
pelo silêncio que ensina
pela humildade que espiritualiza
pela vontade que conquista
e pela entrega da sabedoria
e a sabedoria que se integra.
Obrigado por tudo Olorun
pelo fogo e ferro de Ogun
pela água e serenidade de Yemonjá
pela justiça e firmeza de Sango
pela abundância e coragem de Osossi
pela saúde que me dá Obaluaye
- o que dizer das crianças, alegria dos Eres
Por todas as águas, raios, folhas,
ventos... bentos... e terra,
caminhos, enfrentamentos e beleza em tudo
agradeço Osun, Osumare, Logun e Esu
Oba, Ewa, Ossain e Oya
salve Iroko e Nana Anamburucu
Pela certeza e pela paz, salve nosso Pai
Epa Baba E Bandomire, salve Osala!
Obrigado Olorun
pelo meu Ori
pelo sire que embala minha vida
por Ifa,
pelo jogo que tira o destino para dançar
pelo toque, pelo adja, os Run Pi Le
por Yaya e Yoyo
Só lhe peço que me derrame misericórdia
para ser instrumento, atento
estar sempre ao Seu serviço
dos Seus desígnios e Seu amor.
03 novembro 2012
o.r.a.ç.ã.o.
Com Olorun me deito nesta noite sacra,
tenho a certeza que levantarei para mais um dia Santo.
Com Ogun me deito e, na certeza de Sua companhia,
caminharei pelo dia de amanhã.
Trago em meu coração o desejo infinito e atemporal
de ser útil ao Propósito Maior, de ser um Elégùn,
de ser sempre instrumento para a vontade,
de imensurável sabedoria, do meu Eledá.
Com a comunhão do meu espírito e dos quatro elementos,
aliados às forças da Natureza,
reafirmo meus votos de elevação espiritual,
caridade e propagação do Bem para todo os seres!
Olorun Didé!
Àsè!
27 outubro 2012
(H).o.m.e.n.s.
Homem
Homo-sexual
Hétero-sexual
Homo-hétero-nominal
Heteroxonado
Homontimental
Homo-ereto
Hétero-partido
Homem É Sexual
Com classe
Sem juízo
... E sem freios!
Nifé Ki Olôrún Fé !
15 julho 2012
parecendo ser!
Cansado de ser
de fazer tudo parecer
de sorrir sem jeito quando o que quero é bater
bater com a minha cabeça no teu peito
e dizer 'vou te amar se eu puder, caramba!'
Preste atenção, coração tapado!
para quantos buracos ainda terei força
de lhe tirar, sem arranhões ou safenas?;
preste atenção,
que de tanto 'ção´chego a corar, a correr.
Eu quero é deixar de estar cansado
eu quero o direito à contradição
eu quero dizer 'te amo' e gritar 'cuidado'
sem regra e sem enrolação
disparar, parar, foder e me apaixonar
Coração incauto -
que ingenuidade é pecado -
observe os rombos da lascívia
tire proveito de toda perfídia
e se desdiga sempre que precisar.
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