Sei que não pode vir
Te respeito e
Aos sábios do mundo
Sei que não pode vir
E que o tempo
É de um esperar profundo
Vou desligar a TV
Não há o que insistir
Já não tenho livros pra ler
Vou inventar poemas
Para que venha me visitar
Sei que não pode vir
Mas a nossa banda - não o bastante - larga
Pode a saudade aplacar
Quando não posso
Tocar, só contemplar, teu amor.
Sei que não pode vir
Sei do que você se ocupa
Sabe sempre como estou
Inventamos outra moda
Delineamos outra forma de amar
Quando está com a razão
D'eu não fugir
D'eu não chorar.
Sei, muito, que ainda não pode vir
Mas você é tão hábil quando me olha
Que por segundos
A tela fria que nos separa
Vira algo ainda do porvir
Um delírio de amantes
Um desejar fecundo
Sei que não pode vir
Que é tempo de espera
Somos sóbrios
Somos tantos, e não sós que
Não fazemos Quimera
Quando sei mesmo que não pode vir
Percebo que algo de ti
Sempre ficou a lembrar
Que você é Sol
Me iluminando ao mar.
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