22 setembro 2010

Q.u.o.d.o.r.e.

Eu pensei em árvores
na altura que elas me dariam
na sombra posta
e nas raízes profundas
                      Impostas

Eu criei verdades solventes
que correriam nas seivas
subindo às copas
num jogo de cartas
sem valetes ou damas 
                      Sem quodore

Seus olhos de mato verde
pegando fogo pelo caminho
- a procrastinação do destino
que no aveludado sonho
nos fez crer

Eu pensei em árvores
entrei pela janela 
do não-dito ... Do espírito
sendo visto por teus olhos
para além da mata
                      Dos olhos!

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