É isso, né?
Faz parte do vale
Percorrendo a própria trilha
Descer e subir
e descer
e voar.
Vertigem.
Equilibrar-se,
Ter força nas pernas,
Sorte na coluna,
Transparência no espírito!
O apreciar modula a vista,
Mas é um mergulho
Um esforço...
Há risco!
O precipício,
A queda-livre -
Ainda não sou água -,
E ainda que saiba voar,
Ainda não sou águia.
Faz parte do vale,
Do percorrer montanhas,
Alucinar o mar e
Devanear o asfalto.
Expurgar!
Exorcizar alguns quadros
Negociar com meus daemones
Escolher!
Há trabalho,
Há risco.
Encarar a subida,
Ser
E deixar de ser,
E não ser outra vez
O inverso da concha -
Não sei se sou chama -,
No avesso da espiral
Não serei o que clama.
É isso, né?
É o decorrer do vale,
transcender nas pedras,
Arvorecer na sombra,
Incandescer ao vento...
O trote original é solitário!
Décio Plácido, 28.02.2021
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