A água que corre na fonte fraquinha
É a mesma do longínquo horizonte
Lá onde me perco em devaneios
E somem os vincos da testa
A águas que banham as areias da costa
São as mesmas que me convocam
Para a bênção seminal do infinito
Para reforçar o que está escrito
As águas que dividem margens
E que não se perdem em pedras
São as mesmas que me afogam
Para ressurgir em espírito e corpos novos
A água preparada que me banha
Também me sacia a sede
Abre a conexão com meus deuses
Faz-me menino, homem e divino
Meu corpo é água
Tratada em mata e ouro
E hábil em refletir luar e prata
Enquanto define caminhos.
Décio Plácido, 05/09/19
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