Não há como ser todo eu fora de mim
Nem caber tudo do mundo aqui dentro
Por segredo, por decreto, por desejo ou por incenso.
Há os predicados – agregados, violados, encantadores
Há menos amor que olhares no instinto
Em tudo o que eu digo e no que dizes sentir.
Por que ainda não disse o que valia?
Por que só depois da ressaca?
Por que apenas quando já não vale o tropeço?
Não há como ser todo eu fora de mim
Nem falar do mundo para o vento
Não há como espantar todos os fantasmas
Não há como caber o mundo aqui dentro
Nem cansar lá, nunca aqui
Por que amar não é só fotografia.
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