Não sei de onde tiro minhas memórias.
Talvez estejam guardadas numa caixinha.
Talvez não sejam mais minhas nesta hora.
O que sei é que elas voam contra o vento ...
E se forem algo de muito distante?
Me emociono com uma música estranha,
Será que alguém compartilha elas comigo?
Talvez eu divida também minhas entranhas.
Como sói ocorrer, muitas vezes, paraliso.
Fico vidrado em alguma criatura na rua.
Não sei o quanto eu a desconheço
Ou se é só empatia nua e crua.
Ando pelas vielas desse vasto mundo
As memórias alheias me desnudam
Me comprimem como um antigo espartilho
E, ao fim e ao cabo, me concedem humanidade.
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