15 novembro 2022

Alta, 15.11.22

 eu saí 

saí do coma 

da cama

saí como quem ama

como quem soma 

saí como entrei

detesto cafona

entrei e saí 

como uma dama

eu saí

deixei a fama 

beijei a lona

eu saí da forma

já são outras formas 

flutuei sobre lama

pisei a grama

enrolei num drama

era só mais uma semana.

26 outubro 2022

Ríspido

Sou ríspido 

Tenho arestas

Não caibo bem

Mas me arrisco.


Margens retas

Corpo em ondas 

Curvas e semitons 

Mas coluna ereta 


Sou como doce 

Acalma, mas azeda

Arredonda(do).

Não é como se fosse! 


Feito torto

E fica direito

Feito gente

Mas não perfeito. 


Ríspido e doce 

Como se é

Toda gente 

De toda fé. 

21 outubro 2022

13

 13 votos vezes infinito 

13 o mais bonito

13 é salário digno

13 é o número da paz 

13 pra andar pra frente 

13 e será da gente

13 sonhos de recomeçar 

13 e a economia volta a girar

13 é a gente com Lula

13 é uma ideia dentro da gente! 

13 pra gente voltar a brilhar

13 mata a fome.

17 outubro 2022

 O tempo 

Que aguento

Varia lento

- Alívio e unguento 

O tempo pouco

De tanto e torto

Me encontra solto

Com seu nome 

Vendo ao vento! 

Décio Plácido, 17.10.22

22 setembro 2022

Afetos

Sou emocionado.

Mesmo.

Não procuro blasé.

Se algo aconteceria,

Certo, vai acontecer.

Com todos os afetos.

Dialetos.

Não fico quieto.

Olhar dispara,

Coração vidra, 

Caos define.

Desenha.

Dá forma à forma. 

Transbordo!

Oceanos e mangues.

Ressaca e restinga.

Desconheço o recorte da indiferença, 

Da linha reta

Da superfície lisa. 

Eu sou invadido.

Eu pego.

Arranho.

Deixo rastro. 

Décio Plácido, 22/09/22

24 agosto 2022

O céu e o abismo

Entre o céu e o abismo,

tem o que sinto,

o que você diz

e o que foi permitido.


Não é cômodo,

nem é conhecido...

É um intervalo quente 

e tão pouco protegido.


Entre as alturas e o fosso, 

não cabem sonhos

não tangíveis,

ainda que os tristonhos.


Um lugar de entres...

espalhado nas vísceras,

contornando a razão,

mesmo que incandescente.


Décio Plácido, 24/08/22


17 agosto 2022

Queria escrever um até logo.

Um verso rente à pele

que desvele

calor, corpo e semente. 


Queria que você me levasse

num verso preso ao ouvido,

e que experimentando tanto

vem feito flecha e atravessa o sentido.


à distância é difícil escrever.

preciso de tua palavra

que tudo começa

e desaguo em imagens e rimas.


Esse texto não é de ir

tampouco de voltar

mas de quem espera o amor

que saiu para passear. 

Décio Plácido, 17/08/22.



09 agosto 2022

Eu queria dar bom dias aos indígenas

neste dia que é de luta

Pedir desculpa aos séculos 

Onde não morrer continua sendo a labuta

guaranis, tupinambás, bororos

Pindorama precisa por fim às disputas!




Mais do Mesmo Alívio!!!