Daqui, eu vejo o mar,
Sinto as nuvens que me levam, e
Como não sei voar, me esbarro
Entre os prédios que se elevam
Daqui até lá.
Vejo do alto, bem do alto.
Onde passeiam o gavião,
Os sonhos e os sobressaltos...
Se me atrapalho, é com a chuva de verão.
Voltando ao mar, de volta ao chão.
Mas o mar é um espelho, não é?
Me re-vejo na imensidão e nas ondas
De pouco contorno em cada maré,
Por certo, um oráculo em ação.
Por aqui, por ali, se é que é (para ir).
O mar. La mer, dizem os franceses!
La mer, um Mulher, uma Mãe
A gênese de tudo que se é.
Daqui, de onde vejo, de tão alto
Escuto, em tom solene, seus dizeres.
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