Tenho ímpeto de lascar o céu
E abrir fendas no que daqui não se vê -
No que daqui se sente com tanta peleja.
E escancaram meus olhos no cair do véu.
O firmamento também se abre em espiral;
E dançam imagens irreais nesta tela.
Imagino quais seriam meus objeto e foco
Olhando o céu e acendendo uma vela.
Tenho sonhos para análise do velho Freud,
De decifração truncada, salvo para as ninfas.
Essas viagens internas são um triunfo,
Mas também há um traço que me amofina.
Neste desarrazoado reino de Morfeu,
Pode-se tudo e mais. Firmo lembranças
De onde surge esse clarão tão insistente?
Do mesmo lugar onde brotam as ondas do apogeu.
Décio Plácido, 14/10/24
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