"Amar é dar o que não se tem." Platão (depois Lacan)
No auge dos meus trinta anos ou no amanhecer do resto dos meus dias, ainda não consigo definir melhor o amor. Acredito que sendo tão pessoal e universal, o amor (criação nossa) não tenha outras definições plausíveis. O ato em si tem infindáveis bordões (amar é isso, aquilo, meio-amargo, "meia-calabresa"), mas o amor, não. "Sabe lá, o que é não ter e ter que ter pra dar, sabe lá" (Djavan). Não pretendo o posto de Platão ou Lacan, só quero entender isso que não dou nome, nem forma, nem textura e tanto dói ... algumas vezes é vazio noutras transmuta-se num infinito, desprezo gratuito e doação sem limites, não tem uma sensação mas uma verdadeira alucinação em todo o corpo, desregramento dos sentidos, algumas vezes faz sorrir mas, de ordinário, chora-se. "Quem inventou o amor me explica por favor" (Renato Manfredini). E lá se vão mais poetas...
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