Amor. Ah, esse construto com ares de ente soberano.
Desconhece dias da semana, notas musicais, odores, gastronomia, economia, teorias psicológicas, lendas grecorromanas ou mitologia yorubana - desconhece de cátedra!
Amor. Age solitariamente! Existem desses 'seres construtos' tantos quantos deles se ocuparem os cérebros-corações humanos. Se assim é, é falacioso o amor sentido por todos, pois cada um dos quase sete bilhões de peitos pulsantes têm o seu particular amor. Meu amor é assim, o seu é assado, o dela é sem açúcar por conta da dieta. [Alguns não tem nenhum? Não tenho como afirmar!]
É o amor que nos aproxima e faz com que vivamos juntos por quarenta anos ou que não consigamos passar dos trinta segundos após o sexo - primeira ou enésima? Até mais e sejamos felizes, ou, até amanhã e seremos felizes? Seremos felizes por que algum ser vai embora ou ficará? Podemos? Devemos? O que isso tem a ver com amor? Só se for com o amor, esse construto, por nós mesmos. Uma preocupação em podermos ser o mais próximos de nós mesmos.
Segundo uma amiga, e grande parte dos psicanalistas, a junção se dá pelas necessidades de um, respondidas pelas sobras do outro. Isso não é sem esforço. Essas coisas não são dadas na mesa. Para isso, faz-se necessário treino e investimento. Meu sintoma, minha formação de compromisso, minha mediação com a vida dada como objetiva, encontra eco nesse outro ser que pretendo arriscar uma história? Sim - ótimo encontrei um meio de cultura pro amor . Não - não adianta todo "amor" e toda possibilidade de enfermidade. Talvez por isso tenha tantas metades de laranjas por aí!
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