14 novembro 2012

v.a.r.i.a.ç.õ.e.s.

corpo como tela
palavras agulhadas de aquarela
minha vida de memória
minha cara no cinema
a biografia jorrando pela janela
                                      [do invólucro]

corpo fechado e riscado
de todo, de todo não do agrado
variando entre igual e diferente
só é expresso o que é forjado na mente
sendo o compromisso permanente
                                    [o mais que sagrado]

já disse e bato minha cabeça
não desapareço na goela 
não são desenhos, mas desejos e símbolos
que adornam o templo de Òrìṣá - 
que adornam meu corpo, minha tela



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