Escrevo porque o amor não basta.
Não são suficientes os olhares devotados; e
Abraços carinhosos se mostram minguados…
As letras gravadas são de outra casta.
Escrevo para transpor o gozo.
Não é razoável textos e corpos
Disputando espaços inefáveis.
Um barco para muitos portos.
Na tela na qual desenho poemas
Deixo muito mais que o coração.
Se eu fosse um homem de fé,
Diria que a espírito se mostra na pena.
Escrevo porque não basta o amor; e
Este não basta porque já sou inteiro.
E só a poesia me faz explodir feito estrela
Numa busca idílica de viver sem dor.
Décio Plácido, 02/10/24
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