16 outubro 2024

Pela inefável condição do espírito 

Não consigo lhe abrir as entranhas. 

Não posso precisar o que sinto.

É o suave (e profundo) que me apanha. 


Indefinido é o meu querer! 

O que coloco sobre a mesa

É uma mistura de riso e vísceras… 

O que houver de sagrado que me proteja. 


Etéreas são as palavras do mundo.

Delas ouço o contrário daquilo sou. 

Não tenho existência sem as letras 

E isso foi onde o zodíaco errou. 


Desconhecendo a matéria do espírito,  

Finjo que finjo ser tradutor bom e fiel 

Daquilo o que a boca cala;

Daquilo que não tem forma e se derrama como mel. 

 Décio Plácido, 16/10/24

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