Se eu tiver que tirar os brincos
Ficar atento aos maneirismos e opiniões
Defender a minha barba falhada
Sentir-me-ei à beira do abismo
No meu lado mais estranho
Se eu tiver que retirar as contas
Pensar muito em qual roupa usar
Fingir que não sinto dor
Sentir-me-ei desonesto com todos
Alimentando meu traço perverso
Se eu tiver que esconder as tatuagens
Ou não conseguir mostrar as reais cicatrizes
Se eu precisar fingir que não existem outros
Sentir-me-ei vil e covarde
Como o elo forte que desiste da luta.
Até ensaiei uma baixa na guarda
Fui leviano com minhas metas...
Mas meus Encantados não me abandonam
Senti o caminho a seguir
Observando o sentido das setas
Se eu tiver que fazer da vida um palco
Que no camarim nada esteja guardado
Que não haja figurinista, maquiador ou assistente de direção
Sentir-me-ei livre pra criar
Como as águas que não encontram obstáculos
Quando querem chegar ao mar...
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