p.o.e.s.i.a. p.e.r.d.i.d.a.
versos curtos
(afinados por inanição)
em pessoas largas
(espaçosas, sem segredos)
e avenidas estreitas
(ruas d'uma alma de outrora);
poesia perdida
(como pode alma sem segredo?)
amor requentado
(que sobrou do que não esvaneceu)
num violão sem canção.
(num desejo sem razão) .
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