24 fevereiro 2025

A pedra dura do trabalho pesa na pele azeviche. 

Voltamos nos séculos. Vejo; ninguém me disse. 

Extrapola nos que têm cor - toda gente.

Os que têm dor, botam o carnaval pra frente. 


Os tumbeiros não sangram mais os mares. 

Usam giroflex nas ruas das cidades. 

Prendem, mas soltam, ricos covardes. 

Prendem e matam - negros cadáveres. 


Há muito o tambor ancestral resiste.

Não cede à falta de câmera no uniforme. 

Às perseguições nos camarotes de grifes.

O batecum é uma herança, não dorme. 


100 reais para sustentar o apartheid 

Manter de pé e - inabalável - a corda (bamba)

Os de dentro e os de fora da night 

E o carnaval segue (sempre) o rumo do samba. 

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