Como um pássaro
não numa gaiola
mas no parapeito
no para-inferno
e não pára de pensar
[de dentro].
Como um falcão peregrino
de olhos fixos e atento
na sua presa
na sua pressa
de caçar o futuro de cima.
Como um corvo
vendo a sobrexistência em potência
andando nas ruas
dentro de eficazes armadilhas
na chuva que cai
[de fora]
Como alguém que não se vê
e fita a alma irrequieta
em suas labaredas...
o nome que me chama
e ouve de longe uma voz
[que ao corpo chega por cima]
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