24 novembro 2010

N.a.u.

Que minha alma-nau deslize pelas águas por vezes tranquilas de tuas palavras, 

que tenha a força e a segurança dos teus versos nas tormentas. Que minh'alma de 

poeta arredio permaneça nos braços do encanto, por todos os cantos e enquantos 

das sílabas presas à boca - pelo cansaço que só um grande amor proporciona. 

Que minha alma, este veleiro sem velas, tenha todo o seu oceano como 

atracadouro e apenas palavras flautadas como porto.

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