O canto que me invade
é o do grito
que ficou calado em cima da maca
preso na infância
ou torturados nos curativos da alma.
O canto que me invade
é o do choro
daquela senhora no ônibus
do cobrador de mau humor
ou do olhar baixo no elevador.
O canto me invade
por estar longe das sereias
das fantasias
do chamamento solitário
e mais perto dos venenos "faixa-preta"
O canto que me invade
por algum motivo me deixa
folga, desperta, "indiscreta"
permitindo-me escrever
o canto que é proibido se cantar.Alcova é o lugar dos cantos!
_Axé_
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