O amor definiu meus passos.
Verificou minha respiração.
Ele me fez falar em vão…
O amor destruiu meu cansaço!
O amor preencheu meus buracos,
Como asfalto quente no chão batido.
Ele disse que tudo mais era falido.
O amor limpou todos os cacos!
O amor rolou e me desdobrou.
Fez de mim um homem nobre,
Que a todo tempo te descobre…
O amor – bandido! – se insinuou!
O Amor agitou minhas mãos no ar.
Fez de tudo para que me notasse…
Ordenou que o Tempo parasse.
O Amor queria me ouvir declamar.
O amor é uma idiossincrasia.
Um instante secular num segundo.
Apaixona o são e o moribundo…
O amor – graças! – é sem anestesia.
Décio Plácido, 10/11/24
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