Pela inefável condição do espírito
Não consigo lhe abrir as entranhas.
Não posso precisar o que sinto.
É o suave (e profundo) que me apanha.
Indefinido é o meu querer!
O que coloco sobre a mesa
É uma mistura de riso e vísceras…
O que houver de sagrado que me proteja.
Etéreas são as palavras do mundo.
Delas ouço o contrário daquilo sou.
Não tenho existência sem as letras
E isso foi onde o zodíaco errou.
Desconhecendo a matéria do espírito,
Finjo que finjo ser tradutor bom e fiel
Daquilo o que a boca cala;
Daquilo que não tem forma e se derrama como mel.
Décio Plácido, 16/10/24
Nenhum comentário:
Postar um comentário