meus poemas são sempre respostas
a um deus que por demais esvanece
uma nuvem que solitária desaparece
quando a poesia está na mesa posta
são também réplicas e tréplicas
de tantos diálogos e desafios internos
com corações não tão fraternos
onde a lei crua deveras se aplica
meus poemas respondem a outros
como se os versos fossem parceiros
não importa tanto ter vindo primeiro
se estavam presos desde sempre nos astros.
meus poemas são respostas
a um sentimento de bem querer
que sobe e desce tal qual ECG
uma coisa voluntária, mas também imposta.
são também alívios e unguentos
uma reação tão catártica
umidificando cena tão desértica
trazendo à tona todo discernimento.
eu não me atrevo a não os escrever
seria uma espécie de clausura
não existo sem palavras; loucura.
escrever poemas é minha forma de ser
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