é impressionante ver alguém renascer.
ver o desabrochar das próprias asas.
não é como a borboleta em seu casulo,
mas no ser humano que as decide ter.
elas são de um brilho leve e intenso.
prata e ouro dão tom ao encantamento.
não são como as que Ícaro pensou em fazer,
ela são capazes de voos mais profundos.
voar até o seu Sol particular e
em numa galáxia infinita se perder.
é mesmo de arrepiar o renascimento,
este que se dá por uma decisão e
te faz parar de feito louco correr.
como uma supernova no cérebro,
novas ansas arrancam antigas conexões e
fica-se tão poderoso que quem haverá de deter?
asas que não são feitas de penas
em nada lembra figuras angelicais
precisa-se de bons olhos para reconhecer.
os voos e os mergulhos são aquilinos
não se brinca com desejos a esta altura
quando se está alado, o amor para de doer.
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