da janela do meu quarto
vejo o mar
não a praia
mas boa parte dele que faz linha
onde nascem e morrem sonhos
também tem verde
um punhado de árvores
algumas muitas
mas rodeadas de concreto
uns mais outros menos organizados
Vejo também as formigas
que trafegam sem porquê
vejo o céu que é do avião
sobre a praça do complexo viário
João Gilberto - ou seria o contrário?
Vejo o renascer do Sol
Também vejo sua morte diária
vejo o que desfaço ou disfarço
Entre as horas e os espaços
muitos cheios de potência e de nada.
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