não há água que chegue
p'ra boca que seca
amor que não presta
mão que (não) se eleva
amigo que entrega
parente que não pega
inimigo que reza
não há água que chegue
p'ro sono que faltou
no pranto rolado
no desejo falhado
p'ra ansiedade que chegou
no beijo não roubado
p'ros pensamentos truncados
não há água que chegue
p'ra saúde que espera
humor que tolera
saudade que exaspera
no peito que acelera
- pois já é noite, quem dera?
-nas fotos ainda é primavera!
não há água que chegue
p'ra caos formado
p'ro mesmo amor em pedaços
- saia, deixe de estardalhaço!
p'ro sonho já cansado
- disso, só estilhaços!
para a lágrima do palhaço
não há água que chegue
p'ra ferida do espírito
p'ros moinhos de minha paciência
p'ro salivar
excitar, engolir e permitir
para mim e para você
para desfazer o que não foi feito!
salve "as-águas".
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