não percebia porque fugia
apenas corria, demasiadamente corria
corria de mim, dos sonhos, do espelho
da calmaria e do susto no banheiro
fugia, calava - calado
até os olhos ficarem mudos
na guerra silenciosamente travada
nas entranhas do que me deixa em silêncio
rodopiava feito uma bailarina sem pernas na própria arena
onde mal podiam passar os sonhos ...
eu não sufocava, mas era inútil correr
eu não sabia nem por onde começar a fugir
rodar, radar, pensar, rodar
ficar, rodar, respirar... sei lá!
na mente de quem foge
só importa não parar para falar.
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